quarta-feira, 11 de agosto de 2010
A doença ou a salvação?
Mais um dia de calor, sentido com a desconfiança de quem pertence ao planeta e não compreende a totalidade desta anomalia, ele como manda a rotina, sai do prédio já ao pé daquele café de sempre, aquele maldito sitio onde tudo era igual, ás horas do costume. Ouvira aquelas vozes durante muitos anos. Geria o seu tempo e o seu espaço de uma forma particular, tinha uma tendência para que tal acontecesse. Os 77 passos que dava de casa até ao café, mais 20 e chegava ao seu pouso, aquele onde passava horas a vislumbrar as cores do céu, a ouvir o ralhar dos pássaros, a cuscuvilhice das velhotas que paravam para o cumprimentar, os beijos molhados de mulheres que já não tem muito, para além da vontade de cruzarem as suas vidas já passadas com aqueles que ainda sentem . Ele sentado num banco por baixo de o que julgo ser um plátano, ansiava por sentir todos pormenores. Uma mulher que passava, suada do intenso calor, aquele aroma era inconfundível, todos os dias sonhava com um sinal uma aproximação, algo que lhe disse-se que a confusão que alimentava fazia sentido. Hoje ela virou-se ...
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