sábado, 12 de fevereiro de 2011

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Saltando de sentido em sentido, procurando o seu mais que tudo.
A s paisagens são incríveis, por onde passa deixa o seu nome escrito, numa folha de papel, na casa de banho, numa parede velha, num poste, na caixa de correio, em muita coisa deixa a sua marca. Numa busca incessante pelo seu sentido, apaixona-se desenfreadamente, até que percebe que o seu caminho é outro, volta a apaixonar-se cai outra vez, solta um dedo, volta a apaixonar-se desta vez é de verdade, o sentido está la, e cai.
Perdeu a perna desta vez, mais dificilmente se apaixona, custa montar o cavalo, este parece bem mais alto, mais esguio que o habitual. não se apaixona tão rapidamente, e o tempo passa enquanto espera. Recorda todas as paixões sentado numa rocha mesmo ao do seu sitio preferido, foi uma paixão que o levou la num dia quente, quando não esperava por nada eis que surge a contemplação deste magnifico sitio; e o tempo passa e na esperança de passar mais rápido, pensa sobre as suas paixões antigas as quais foi tão apaixonado. Ai se a paixão se visse, ele era o homem que mais cores tinha visto. Começara a fazer jogos com todas a suas amantes, misturando tentando de cada coisa perceber o que se destacava, quais as qualidades que sobressaiam a cada uma.o tempo acabara o sol se tinha posto quando por fim concretizou o seu pensamento,a paixão final revelara-se tão bonita.
Às 20horas partira para o descanso, não percebendo que agora pertencia ao reino das minhocas, acelerou o seu ritmo, e ficou preso ao seu lugar de eleição.

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nem todos os dias poderiam ser perfeitos, na sua luz, no cheiro que passa, na cara das pessoas. nem todos os dias podem ser perfeitos, porque onde a luta não chega, alguém vem.
nem todos os dias são perfeitos, na imensidão de minutos e cores.
nem todos os dias são parecidos, apenas uns mais que outros.
nem todos os dias são para sempre, não existem revivalismos a cores.
nem todos os dias chove, uma constipação vem de cada vez.
nem todos os dias são perfeitos, não correm bem, correm menos bem, na passada diária certos encontros de palavras ajeitam-se na ferida, constroem lá o seu santuário até ao fim.
nem todos os dias são perfeitos, mas já me saia um.
nem todos os dias teem que ser perfeitos, a piada está ai.
nem todos os dias...